As lentes de contato foram criadas há mais de cem anos, você sabia? De lá para cá, tornaram-se uma alternativa aos óculos. Há quem use por questões estéticas e outros por conforto mesmo. Gelatinosas, acrílicas, descartáveis, de uso diário, prolongado, coloridas ou não, fato é que o uso de lentes de contato se popularizou e, hoje, elas são parceiras de muita gente na hora de corrigir um defeito de visão ou, simplesmente, para exibir olhos de outras cores!
Não havendo nenhum tipo de restrição – que pode ser identificada em uma consulta oftalmológica -, o uso de lentes de contato é liberado para qualquer pessoa e de qualquer idade. Isso porque, segundo a contatóloga Lívia Diniz Lopes Sola, não há uma idade mínima para começar a usar, mas é importante uma avaliação. É na avaliação que se verifica que tipo de lente é mais adequado para a necessidade da pessoa. “Há lentes com mais e menos oxigenação, por exemplo, e, dependendo do olho e da necessidade do paciente, esse detalhe fará toda a diferença”, orienta.
Se vai optar pelo uso delas, vale lembrar que os cuidados com o uso e a armazenação são extremamente importantes. Uma lente danificada pode causar lesões irreversíveis aos olhos. Assim como guardá-la em estojos contaminados. Por isso, todo cuidado é pouco. Converse com seu oftalmologista e/ou contatólogo para que ele explique o modo correto de uso, ok?
Descartáveis ou de uso prolongado?
Existem hoje no mercado uma série de marcas, modelos e as especificidades de cada uma delas é que faz a diferença, inclusive no preço. As coloridas, por exemplo, normalmente são usadas como acessório e, quem faz opção por elas, costuma levar em conta mais a questão estética que, necessariamente, a correção de algum problema visual.
Quem tem realmente algo a ser corrigido nos olhos, costuma varia entre as lentes de uso descartáveis e as de uso prolongado. Porém, antes de escolher a sua lembre-se que são os especialistas os indicados a te orientar nesse sentido.
Lentes de contato, até por estarem diretamente em contato com os olhos, têm validade menor que um óculos. “Quando estão próximas da validade, as lentes dão ‘sinais’ como ardência e incômodo nos olhos do usuário”, comenta Lívia.
E dormir de lentes de contato, pode?
Um cochilo esporádico no meio da tarde é até aceitável, mas passar noites inteiras com as lentes de contato não é recomendado pelos médicos, pois, querendo ou não, por mais anatômicas que sejam, elas são um ‘corpo estranho’ em contato direto com os olhos.
Dormir com as lentes afeta, diretamente, a lubrificação e a oxigenação adequada da córnea e isso pode levar à uma inflamação da córnea chamada ceratite.
Os sintomas dessa inflamação incluem:
- vermelhidão dos olhos;
- sensação de corpo estranho;
- lacrimejamento;
- visão turva;
- fotofobia (desconforto com a luz);
- dor.
Outro problema “comum” em quem insiste em dormir de lentes de contato é a conjuntivite alérgica que é uma reação, muitas vezes, aos produtos utilizados na higienização das lentes e que ficam depositados sobre elas. Ao dormir, os olhos ficam mais horas expostos e sem a oxigenação necessária, podendo reagir de forma alérgica a esse contato.
Como manusear as lentes de contato corretamente?
Antes de dormir, siga esse passo a passo para tirar as lentes e armazená-las corretamente:
- – Lave bem suas mãos antes de retirar a lente dos olhos. Essa medida é fundamental para evitar a transferência de micro-organismos nocivos;
- – Depois de retirar a lente, faça a higienização dela. Em nenhum momento utilize soro fisiológico ou água, pois somente as soluções específicas para lentes de contato são eficazes;
- – Armazene a lente de contato no estojo dela, mas tenha o cuidado de também higienizar esse objeto, pois ele pode acumular micro-organismos. Uma dica Soft99: use os shampoos Extra Clean, pois eles são formulados com PH neutro e têm ações germicida e bactericida.
- – O ideal é não as guardar no banheiro, pois esse é um ambiente muito contaminado e que pode transmitir bactérias e outros agentes patógenos.
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